O diretor do Núcleo de Investigação de Incêndios Florestais da Universidade de Coimbra considera que o cadastro florestal vem, “no mínimo, com 30 anos de atraso”, …
… duvidando até se é desta vez que será realmente implementado.
A criação de um sistema de informação cadastral simplificada consta de um dos três diplomas aprovados a 19 de julho pela Assembleia da República, no âmbito da reforma da floresta.
De acordo com Luciano Lourenço, o cadastro florestal poderá ser uma boa medida para se “saber, efetivamente, quantos proprietários existem e quantas parcelas detêm cada um desses proprietários”. Questionado sobre os terrenos sem dono conhecido, o investigador disse que “existem, efetivamente, muitas terras aparentemente sem dono, mas não são tantas quanto às vezes os defensores dessas medidas pretendem fazer crer”.
A par do cadastro, o investigador de incêndios florestais da Universidade de Coimbra defendeu que “seria importante fazer o emparcelamento de áreas de minifúndio para que possam ser geridas e ser rentáveis”, através da criação de unidades de gestão florestal.
Apesar de concordar com a necessidade de existir um cadastro florestal, Luciano Lourenço criticou a atual reforma da floresta, por considerar que, “mais importante do que alterar a legislação, é fazer cumprir a legislação”.